A pandemia veio para reforçar o que o mundo hoje em dia pede, por espaços flexíveis e multifuncionais, não só no espaço arquitetônico, como a própria cidade.
Como aproveitar os espaços e seguir as tendências ao mesmo tempo.
Para Leonardo Bachiega, sócio-fundador da Leonardo Bachiega Arquitetos, pós-graduado pela UPC – Universidade Politécnica da Catalunha, os espaços flexíveis e multifuncionais que podem ser ditos como espaços híbridos, são um dos destaques para quem busca o máximo de performance do habitar bem e com dignidade no mínimo espaço possível.
Por exemplo, numa residência isso consiste não em ter apenas a facilidade de descolar um móvel, um sofá ou recolher um tapete, mas também do uso do mobiliário para diversas funções, para potencializar ainda mais a experiência do habitar e torná-la mais agradável e versátil, através de móveis, um sofá que vira cama, uma mesa que também é uma bancada de trabalho e que possui lugares para guardar coisas, cabideiros, nichos etc, uma escada que além da escada tem a função de estante livros etc, as possibilidades são muitas.
“Isso é uma característica importante para o mundo contemporâneo, daqui para frente, que cada vez mais busca espaços multifuncionais”, destaca. Isso leva a um jeito de viver que tem virado tendência e que tem tudo para se ampliar nos próximos anos, afinal, o estilo de viver apenas com o necessário tem feito a cabeça de muita gente e isso se reflete totalmente no espaço arquitetônico.
Esse modo de vida minimalista teve início com um movimento conhecido como “tiny houses”, que nada mais é que a mínima residência em que você tem toda a possibilidade de habitar, assim sendo, espaços e móveis versáteis para a melhor performance do edifício e do ambiente interno, são bem-vindos. “Esse estilo de vida minimalista é também uma forma sustentável de viver, ao não se esbanjar recursos e tratar o planeta de forma igual”, salienta.
Outro ponto importante para o crescimento dessa tendência é o preço do m² caríssimo das regiões centrais das grandes cidades, fazendo com que a busca pelas tiny houses ou por studios (kitnets), cresça como uma forma de espaço integrada à realidade do novo milênio. “Alinhado a tudo isso a pandemia, home office e os novos estilos de vida, fez as pessoas perceberem que seus espaços residenciais estavam muito estéreis e pouco pessoais”, complementa. Quando se passou a ficar o dia todo em casa a trabalho, as pessoas se deram conta de que moravam num espaço que não a pertenciam, com isso começaram a dar mais valor para objetos e espaços mais pessoais e íntimos de cada um.
Fonte: https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/arquitetura-decoracao-espacos-2022/